domingo, 19 de junho de 2011

Falta Comprometimento

Estava lendo uma matéria no jornal O Dia e lembrei....
Assim que chegamos aqui em Alegrete resolvemos, devido ao pouco tempo que vamos ficar na cidade (menos de um ano), colocar as nossas filhas em uma escola pública.               Visto que a maioria das pessoas da cidade indicava a Escola Demétrio Ribeiro como a “melhor”, resolvemos (eu e meu marido) matriculá-las nesta escola. 
Desde que começaram as aulas, já passamos por muitos desafios, mas resolvemos não tirar as nossas filhas de lá porque sempre temos a esperança que tudo irá ser resolvido, que não podemos fugir dos problemas, pois quem está em busca de uma educação de qualidade não pode dar as costas para os problemas que surgem na educação, tem que procurar resolver, mesmo com muitos incômodos. Surgem problemas atrás de problemas (alguns já coloquei aqui no blog). O fato mais recente que enfrentei foi  parecido com o que li esses dias no O Dia Online – Rio:
 “A briga aconteceu porque Cristiane foi à escola há dias pedir providências porque seu filho foi apelidado de "Gordo" pelos colegas de sala de aula. A mãe foi até a direção da escola e pediu providências. No entanto, a decisão tomada foi pela transferência de colégio do menino, o que deixou irritada a mãe da criança.”
Comparando o fato que aconteceu comigo com a reportagem, uma das diferenças foi que não agredi a coordenadora. Quem me conhece sabe que sou de reivindicar, de resolver os problemas, mas sem ataque físico ou moral, porém a vontade foi grande de dar nela, aaah, foi!! Afinal de contas, não sou de ferro!! Se vontade não fosse uma coisa que dá e passa e se eu não soubesse que poderia ser processada por partir pra cima dela, não sei o que seria. A própria colega da coordenadora, que é profissional, porque me ouviu com seriedade, também estava na sala e quando teve uma oportunidade falou: “Nossa, pensei que você fosse avançar nela” e eu disse: "vontade não faltou".
O acontecimento se deu porque uma menina da sala da minha filha mais velha (12 anos) xingou ela de “puta” sem o menor sentido, passou o bilhete para outra colega.... Na escola, o histórico da menina que originou a afensa é de que ela parte para brigas com os colegas, com ela não tem diálogo. A minha filha sabendo disto, quando soube do bilhete que a ofendia, procurou a diretora e a entregou o bilhete, porém a diretora não tomou as providências, passsaram-se quase duas semanas e nada. Então tive que ir à escola, maaaais uma vez,  para saber porque ainda não tinha sido tomada as devidas providências, por que ainda não tinham chamado as duas para conversar?  
Uma das coordenadoras, ao entrar na sala que eu estava, começou com cinismo e deboche com a minha cara e disse, pela segunda vez, que era para procurarmos outra escola.... O que eu pude “dizer” pra ela, eu disse: “Você é cínica, debochada, irresponsável, não tem o mínimo de profissionalismo e, além disso, é incapaz de resolver problemas, ao invés de resolver, prefere dizer para os pais que retirem seus filhos da escola..." e daí por diante.
Acontece que quando encontra-se pessoas que não consegue se controlar a fim de não agredir ou que não sabem como funciona a Lei, o resultado é esse da matéria.
A meu ver, esses “profissionais”, como já disse em outro post, estão dentro das escolas para prejudicar os que querem uma educação de qualidade.  
Os professores gostam muito de falar: Os pais não procuram saber dos filhos na escola, no entanto, quando vão procurar saber, são tratados com deboches, cinismos, desconsideração, falta de respeito pelos que deveriam estar lá para ajudar e não para atrapalhar o processo educativo.   
O que está faltando é comprometimento tanto dos profissionais da educação como dos pais. Os profissionais da educação têm que, literalmente, lidar com a Educação. Professores têm que procurar se atualizar, muitos têm anos de magistério, de carreira, pensam que já sabem tudo, agem como se não precisassem de mais nenhum conhecimento. Vejam só: A professora da minha filha mais nova, disse na reunião do início do ano que tem mais de 20 anos de profissão, que irá continuar com o mesmo sistema de todos esses anos, não é a favor de métodos novos... imagina como fiquei, ouvindo isso na primeira reunião escolar?  Ela alfabetiza desde o século passado e quer continuar alfabetizando do mesmo jeito, como se não existisse evolução. Esse foi o primeiro desafio que enfrentei. 
Os gestores precisam estar mais presentes e atuarem com liderança. Orientadores/coordenadores precisam ser profissionais quando os pais vão à escola para saber de seus filhos. Quanto aos pais, não podem fazer das escolas depósitos de crianças e adolescentes deixando de lado a vida escolar dos filhos, deixando de cobrar o ensino que merecemos presenciar e que nossos filhos merecem receber. Os pais precisam estar atentos, precisam ir à escola questionar o que falta, saber o porquê dos problemas que surgem, precisam fiscalizar.
            Agora dei um tempo de levar as crianças, tenho que pegar fôlego, quem está indo levar as meninas todos os dias é meu marido. Todos os dias ele vai fiscalizar se a professora da minha filha mais nova, que está no 2º ano do ensino fundamental I, está indo dar aulas, pois ela estava deixando uma estagiária de 17 anos que está terminando o curso do ensino de nível médio para formação de professores primários, sozinha, em sala de aula, ensinando para as crianças que antes de Pedro Álvares Cabral vir para o Brasil ele estava indo para a China. É cara (o) amiga (o), “né brinquedo não!”, é isso mesmo que você “ouviu”, Cabral estava indo para a China, acredita nisso?!! Quando peguei o caderno da minha filha para estudar com ela, achei que minha filha tinha entendido errado ou tinha escrito errado, mas ela dizia pra mim: “Não mãe, a profe disse assim mesmo...”. Claro que o maior erro aí não foi da estagiária e sim de quem não fiscalizava o trabalho dela. Esse foi mais um problema que já foi resolvido e que está sendo fiscalizado.
Tenho que confessar que a luta é grande, o desgaste é enorme, temos que pegar firme com as crianças aqui em casa também, pois o conteúdo não é muito problematizado nas aulas e por isto entendo quando os meus amigos preferem trocar seus filhos de escola ou colocá-los em uma particular. Pensamos, e não foi somente uma vez, voltar as nossas filhas para a escola particular, mas pensamos também: Problemas nós temos, mesmo nas escolas particulares, por que elas não podem receber uma educação de qualidade na escola pública, visto que também pagamos por ela? Tenho que confessar, também, que o gosto da vitória é maior ainda, vale a pena!!
Quando sairmos daqui de Alegrete, estamos fortalecendo a ideia de continuar na luta, ou seja, não tirá-las de escola pública (isso se a gente conseguir ficar vivo até lá rsrsrs), brincadeiras à parte, esta nossa decisão está se fortalecendo porque, apesar de todos esses aborrecimentos, estamos conseguindo alcançar o que todos nós merecemos, ou seja, um tratamento e um ensino digno para as nossas filhas.

A matéria está aqui:


Um abraço bem apertado e a luta continua companheiros (as)!!!

Cristina Calazans

domingo, 29 de maio de 2011

Linguagem popular à vontade

Depois de tantas leituras, de ler vários comentários, achei as respostas para as minhas tantas perguntas sobre o livro que foi adotado pelo MEC para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).  
A polêmica é grande. Muitos estão contra e existem muitos questionamentos, partindo de mim, porém me achei quando lembrei da nossa Constituição. Há um tempo, se pedisse para eu ler o que estava escrito ali, não iria entender nadica de nada. Ainda, nos dias de hoje, tenho que andar com o meu amigo dicionário para poder entender algumas coisas que ali estão. Quando eu pegava a Constituição Federal, não tinha a mínima vontade de ler, achava muito irritante por não entender nada. A partir disto, pensei: Como deve ser difícil para os alunos, que vieram de uma classe menos favorecida, conseguirem entender e se interessarem por algo que não está de acordo com a realidade deles.  
Acredito que um dos motivos que se pensou em modificar um pouco mais do livro didático para a EJA, foi para que os alunos sintam-se à vontade e tenham prazer em adquirir o conhecimento. Não é somente a língua que está em jogo e sim o falante e a sua vivência. O livro é um “para início de conversa”, ou seja, a coisa não é difícil como você, aluno, pensa.  
Segundo Bagno “Seria mais justo e democrático dizer ao aluno que ele pode dizer BUnito ou BOnito, mas que só pode escrever BONITO, porque é necessária uma ortografia única para toda a língua, para que todos possam ler e compreender o que está escrito.” É importante ressaltar que a escola continua sendo o lugar que proporciona essa compreensão, com ela o aluno aprende ou deveria aprender a escrever de acordo com a ortografia oficial.
As palavras como “os livro” e “nós pega o peixe”, que estão sendo tão expostas, serão aceitas na linguagem verbal e serão explicadas quando se tratar da linguagem escrita. Bom, isto não fica difícil de entender, porque o Brasil é um país com uma diversidade cultural imensa, cada povo com sua cultura, cada um com sua gramática particular, sendo assim, não cabe o preconceito quanto à linguagem ou quanto à maneira de se expressar.
Quando relembrei uma parte do livro “Preconceito linguístico” de Marcos Bagno, respondi algumas perguntas que me fazia.
“É preciso garantir, sim, a todos os brasileiros o reconhecimento (sem o tradicional julgamento de valor) da variação linguística porque o mero domínio da norma culta não é uma fórmula mágica que, de um momento para outro, vai resolver todos os problemas de um indivíduo carente. É preciso favorecer esse reconhecimento, mas também garantir o acesso à educação em seu sentido mais amplo, aos bens culturais, à saúde e à habitação, ao transporte de boa qualidade, à vida digna de cidadão merecedor de todo respeito.”

Acredito, diante de tantas coisas que li, que estão fazendo uma “tempestade em um copo d’água”. É importante, antes da gente se posicionar, procurar saber o que realmente está acontecendo, procurar conhecer o assunto ou o causador do ”problema”, porque a mídia e até mesmo as pessoas que nos cercam, muitas vezes, jogam a notícia no ar de tal maneira que influencia negativamente.
De tantas opiniões que li, aqui estão duas:
·      Presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marcos Vilaça, criticou nesta segunda-feira a adoção, pelo Ministério da Educação, do livro "Por uma vida melhor", que aceita o uso da linguagem popular com erros como "nós pega o peixe".

Leia mais sobre esse assunto em
http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/05/16/para-presidente-da-abl-livro-adotado-pelo-mec-valida-erros-grosseiros-924478589.asp#ixzz1NVHTr0so
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Vicente Celestino 21/05/2011 9:03
Acho que o MEC acertou em escolher o livro em destaque. Na verdade o livro não ensina a falar errado, a obra discute o uso da língua popular, o que está bem presente em todos os departamentos de nossa sociedade. Certamente um bom professor de Língua Portuguesa saberá usar adequadamente a obra em sala de aula. Se a norma padrão fosse a única adequada em todos os contextos, então Luís Gonzaga, Patativa do Assaré e ou Chico Bento deveriam ser corrigidos?
http://colunistas.ig.com.br/poderonline/2011/05/12/livro-usado-pelo-mec-ensina-aluno-a-falar-errado/livro_mec/

Então é isso pessoal!! Em minha opinião é compreensível a proposta do livro que, segundo o MEC, foi distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (PNLD-EJA) a 484.195 alunos de 4.236 escolas.

Abraços
Cristina Calazans

terça-feira, 10 de maio de 2011

Irresponsabilidade nos Passeios Escolares


É a segunda vez que permito que a Natalia (minha filha) vá a um passeio escolar e me decepciono.
A primeira vez foi em 2009 (ela tinha acabado de fazer 11 anos) em uma escola de Resende. Liberei para ir ao passeio escolar de final de ano em um hotel fazenda. Foram dois dias que me trouxeram muitas dores de cabeça.  
Pensando que a escola era bem organizada e preocupada com os alunos, na maioria das atividades escolares demonstrava-se isto, senti-me a vontade de permitir e confiar. Pois bem, não deu certo. A diretora e a coordenadora resolveram ficar se bronzeando, enquanto a minha filha era atirada na parte funda da piscina e sendo empurrada da corda bamba (tinha um lago embaixo) por uma colega. Segundo ela e outra colega que lá estava, a Natalia ficou aos berros pedindo para que parasse porque estava balançando muito.... No episódio da piscina, a Natalia foi tentar resolver sozinha conversando com o colega que a empurrou, já no da corda, ela resolveu conversar com as “responsáveis” (diretora e coordenadora). As duas reuniram o grupo para, ironicamente dizer: “Cada um tem que saber o seu limite, por isto, se alguém aqui não sabe nadar ou tem medo de ir a algum brinquedo, não vá!!...”  Dá pra acreditar?! Desde quando crianças e adolescentes sabem seus limites? Ao invés delas pedirem para que não usassem de brincadeiras que poderiam machucar os colegas, para que respeitassem o limite do outro, elas tiveram a “brilhante” ideia de podar o aluno em suas tentativas de arriscar em acabar com o seu próprio medo ou insegurança.
 Se soubesse que elas iriam ficar se bronzeando ao invés de se comprometerem em observar, cuidar as duas turmas (6º e 7º ano), não teria me empenhado autorizando a ida da minha filha.   
Quando chegaram do passeio, a diretora e coordenadora não me olhavam nos olhos. Ali mesmo pensei: Houve alguma coisa! E não deu outra!
Depois desse ocorrido, só liberava os passeios quando era aula passeio. No entanto, ficava inquieta pensando que tenho que soltar mais as minhas filhas, que sou muito chata, que tenho que deixar elas se virarem.... Pensando nisso resolvi liberar, no dia 05/05, para o passeio da escola dela aqui em Alegrete. Permiti, mesmo sabendo que era só passeio e não aula passeio, que fosse para Porto Alegre (exposição do Titanic e Museu de Ciências e Tecnologia – PUC). Foram alunos do ensino fundamental II e do ensino médio. A Natalia estava muito empolgada, porque ela adora a história do Titanic e, desde que saímos de Resende, ela estava querendo muito ir a esse Museu, porém, dois dias antes, ela ficou sabendo que somente duas colegas da sala iriam e que uma delas iria com a mãe, também professora da Natalia, e a outra tinha amigas em outras turmas. Depois que ela soube disto, ela quis desistir, mas queria ir, sabe como são adolescentes: “vou ficar sozinha, só conheço as duas meninas...” Essa fase (12 anos) já começam a manifestar maior equilíbrio, mas, ainda assim, demonstram receios, muitos questionamentos. Eu, fazendo o meu papel, dizia: Que isso minha filha, você vai conhecer pessoas novas, vai conhecer lugares diferentes....
Antes de entrar no ônibus a Natalia conversou com uma das professoras dela, disse que queria desistir.... A professora garantiu que iria dar atenção e que iria entrosá-la com outros colegas.... A Natalia se animou. Tentei conversar, explicar a insegurança da minha filha para essa mesma, literalmente, professorinha, mas ela não deixou terminar se quer uma frase. Ela estava na escada do ônibus e dali mesmo, na frente de um monte de pais, aproveitou para fazer um discurso demagogo e debochado. Aquela pessoa dizia em voz bem alta, não tem nada haver ela desistir (também achava isto), ela vai ficar lá com todo mundo junto (era o que eu esperava), imagina... e balançava a cabeça indicando recusa. Saí de lá falando com o meu marido: Não importa a maneira conforme ela se colocou (quem sabe ela queria aprovação em demasia, logo, autoestima baixa, logo, autoafirmação), o importante é ela fazer o que discursou.
Pois bem, além de terem esquecido três jovens em um dos shoppings na parte da tarde, à noite eles foram passear em outro shopping da cidade e quem ficou perdida, sozinha, foi a minha filha. A Natalia soube da perda dos três jovens depois que ela se perdeu, porque a professora relatou para ela o fato ocorrido como um exemplo de um acontecimento normal. A diferença dos fatos é que os três jovens se conheciam e estavam juntos.
No momento de comprar um sorvete dentro do shopping, pediram para que depois que a Natalia comprasse, encontrasse com elas em determinado lugar, até aí tudo bem.  Assim que ela comprou o sorvete, foi ao local combinado e não tinha ninguém lá. Olha, foi mais de uma hora de angústia. Graças a Deus que existe o celular, fiquei em contato com a Natalia e tentando entrar em contato com alguém da excursão. Em uma das ligações que fiz para avisar que elas achassem a minha filha que estava perdida dentro daquele shopping que, segundo a Natalia, estava lotado, antes de desligar o telefone, ouvi: “Onde deixamos a Natalia?...” .
Não esperaram para comprar o sorvete e caminhar todos juntos, por quê? Ninguém soube me explicar. Fez-se um discurso visando à vaidade, só de aparência. Falta de profissionalismo e de responsabilidade.    
Tive que chamar todos de irresponsáveis.... Lembrei para elas que, tanto pelo comportamento quanto pela Lei 8069, minha filha é adolescente e não adulta - Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade, digo isso, porque, como falo sempre, muitos pensam que por serem adolescentes e não mais crianças, então, que se virem!! Lembrei palavra por palavra para a professora que discursou. Foi um desgaste emocional muito grande.
Garanto que se eu escrevesse aqui os detalhes e mais algumas partes dessa história, mesmo vocês que não têm filhos, iriam à loucura.
         Infelizmente, mais um caso que não aconteceu ou acontece só comigo, pois já escutei vários relatos de mães que acompanham, se preocupam e, acima de tudo, educam seus filhos, passaram por situações parecidas.
Sei que algumas colegas que são professoras não gostam muito quando falo o que penso e/ou como está o professorado, no entanto, não posso me calar porque a banda podre da educação está crescendo cada vez mais. Não é somente aqui, não é somente em escolas públicas, é num todo.
Amigas (os) professoras (res), quando forem organizar ou participar de um passeio organizem também a mente para que não pensem que vão a fim de bater perna, tomar sol, fazer compras no shopping e sim para organizar, orientar, cuidar, observar os alunos. Se para se divertirem têm que deixar as responsabilidades de lado, é melhor que não se divirtam, neste caso, o momento de diversão deve ficar para quando estiverem fora do ambiente de trabalho. Educadores -Profissionais é o que precisamos!!  

domingo, 8 de maio de 2011

Mãe! Educadora

Ganhei das minhas filhas. Muito lindo, uma declaração de amor!

Mãe que educa.
Que acompanha seus filhos na vida, na escola.
Que tem interesse de perguntar e ouvir.
Mesmo com o tempo curto, separar uma hora para ir à escola e se informar a respeito do comportamento, do conhecimento adquirido, conversar com a professora para saber como está o filho,  é muito importante. A mãe educadora olha a agenda, o que pode parecer menos importante, mas faz parte do processo.
Participar das reuniões. De repente por conta do trabalho, do tempo cheio, não dê para participar de todas, mas não deixar de aparecer ou ligar para escola para receber as informações com os responsáveis da reunião e se integrar com o que foi dito e/ou combinado, influencia no procedimento educativo, afinal de contas, o nosso filho, a educação, o desenvolvimento dele não deve está em segundo, terceiro, quarto... plano.
Tentar conciliar trabalho/filho, pois quando algo grave acontece, o tempo aparece!!  Para não chegar ao extremo é melhor prevenir.
Olhar os cadernos para saber o que está sendo ensinado, como está o capricho e a organização, também vale a pena.
Acompanhar as tarefas. Quando se chega do trabalho pode ser que já estejam prontas, mas dar uma olhada tem utilidade no processo.
Estabelecer horário para estudos, se não for assim, provavelmente, ficarão em frente à TV, do computador, ouvindo músicas, dormindo, conversando com os colegas, enfim, fazendo qualquer coisa, menos estudando.  Estudar as disciplinas mais difíceis no primeiro momento do estudo, para que as mais fáceis sirvam como “descanso”, ajuda bastante.
Conversar para saber como foi o dia, como estão indo as amizades, mas nada de perguntas assustadoras e impostas, precisa ser um momento espontâneo.
Não se preocupar com as notas e sim com o conhecimento que está sendo adquirido. É melhor que fiquem em recuperação do que sair de uma série com muitas deficiências.
Respeitar sempre a professora, mesmo que esta cause a provocação. É mais justo adultos frente a frente para resolver os problemas de comportamento em sala de aula ou na escola, do que ensinar ou incentivar crianças e/ou adolescentes a enfrentar os responsáveis pela instituição ou pela turma.
Educar para saber lidar e respeitar o diferente, o novo, sendo assim, a probabilidade da prática do bullying poderá diminuir consideravelmente.
Vale ressaltar que não existem receitas para nada na vida, até as receitas prontas, dependendo de quem faz ou receite, não dá certo. O que vale é estar sempre colocando o papel de Mãe em prática, mas para isto é preciso observar o que está acontecendo em nossa volta, avaliar o que está sendo feito e o efeito disso, não deixando de realizar as modificações necessárias para que nossos filhos sintam-se seguros, amados e a partir disto conseguiremos colaborar com a formação do caráter do educando, ou seja, nossos filhos.

Nossos filhos: O mundo do amanhã.

FELIZ DIA DAS MÃES!!

Cristina Calazans, antes de tudo, Mãe!!

domingo, 17 de abril de 2011

Bullying - Falta de atenção...



Muitas dúvidas sobre o bullying estão sendo manifestadas na tv, na Internet...com muita frequência. Estive analisando as reportagens, entrevistas....
Na minha concepção, esse desvio de comportamento que gera atitudes brutais, ocasionando diversos problemas, se dá por falta de atenção. Falta de atenção dos pais e das escolas.  
Não adianta somente a mídia, os livros e os palestrantes abordarem o problema, é importante que o assunto seja discutido frente a frente.
Em casa, será que o pais têm procurado saber como foi o dia do seus filhos? Ou pensam que eles se viram muito bem sozinhos e que devido a correria do dia dia, "não há tempo" para assistir a vida deles.
Muitos pais não procuram investigar, ter conhecimento de como foi o dia do seu filho. Se quer vão à escola procurar saber como está o comportamento, como está a aquisição do conhecimento.
A falta do diálogo e da orientação dentro de casa são alguns dos fatores que contribuem para esse e muitos outros problemas.
Essa manhã, em um programa de tv, a mãe de uma criança que sofreu bullying estava orientando aos pais para colocarem o problema pra fora e que procurassem ajuda.... No entanto, ela não se deu conta que isto ela tinha que ter feito com a própria filha (13 anos), tinha que ter dado orientação, incentivar o diálogo, pois a filha ficou um ano sofrendo agressões verbais sem nenhuma providência tomada. Essa mãe só foi tomar providência quando chegou à agressão física.
O fato é que para haver o diálogo é preciso que os pais se dediquem aos filhos, estimulem a conversa, o bate papo dentro de casa. Lamentavelmente ouve-se muito: "Não tenho tempo". No entanto, quando algo grave acontece, o tempo aparece. É importante ressaltar que a estimulação do bate papo é necessária desde pequenos.
Reconheço que, na maioria das vezes, o dia se torna curto com tantas coisas para fazer, com tantos compromissos para cumprir, porém, a correria do dia a dia, os compromissos, que em grande parte é profissional, não pode tomar o lugar do tempo da família. 
Quanto às instituições de ensino, elas precisam se preocupar em observar atentamente para conhecer e orientar seus alunos. 
Crianças e adolescentes, muitas vezes, ficam "jogados" dentro da escola na hora do recreio, dos intervalos, sem nenhum profissional analisando o comportamento e o momento de interação dos educandos. Deveria existir profissionais analisando, supervisionando os estudantes, principalmente na hora do lazer.
Percebo que falta colocar, através de um processo multidisciplinar, dentro das escolas, o assunto - bullying. Explorar a importância de saber lidar com o diferente, de saber respeitar o limite do outro, o espaço do outro. É necessário, também, que a gestão escolar se conscientize que os orientadores precisam tomar seus lugares dentro das instituições de ensino. Não sabemos quem é o orientador pedagógico ou  quem é o orientador educacional, este último então, não sei mesmo, sumiu! A meu ver, este faz muita diferença no caso do bullying. "Ele trabalha diretamente com os alunos, ajudando-os em seu desenvolvimento pessoal; em parceria com os professores, para compreender o comportamento dos estudantes e agir de maneira adequada em relação a eles; com a escola, na organização e realização da proposta pedagógica; e com a comunidade, orientando, ouvindo e dialogando com pais e responsáveis." (Nova Escola)
Pergunto-me: Qual a dificuldade que uma escola tem, por exemplo, em elaborar uma entrevista escrita ou questionário com seus alunos a cada final de semestre? Exemplo: Você já sofreu preconceitos na escola? Qual a dificuldade em elaborar tarefas (práticas) sobre esse assunto? Sempre procurando enfatizar o problema,  procurando ajudar tanto o agredido quanto o agressor.

O governo poderia nomear mais profissionais para as escolar. Porque o fato de não ter um orientador analisando o comportamento dos alunos, não estar exercendo a sua função, dá-se ao fato de não haver profissionais suficientes dentro das escolas. Muitos são desviados da sua função, da sua formação.
O fato é, volto a dizer, temos que nos preocupar, não só na teoria, mas principalmente na prática, com uma boa Educação, tanto dentro de casa como nas escolas, por parte do governo, mas infelizmente isso não tem acontecido.
Percebo que os adultos pensam que crianças e adolescentes podem se virar sozinhos, não precisam de acompanhamento e geralmente a culpa sempre é do tempo.
Se existisse a preocupação e o compromisso - Educar para prevenir - em acompanhar crianças/adolescentes, cada um (família, escola, governo) faria sua parte e amanhã, quem sabe, teríamos adultos melhores.  


"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda." (Paulo Freire)



quinta-feira, 7 de abril de 2011

07/11- Tragédia no Rio de Janeiro

É, hoje o Brasil presenciou mais uma tragédia!!
O que mais vamos presenciar?
Não me contive quando comecei a acompanhar as notícias, poderia ter sido a minha filha de 12 anos assistindo tranquilamente sua aula e de repente se deparar com um homem desequilibrado, com uma atitude egoísta, ceifando a vida de inocentes, q não contribuiram para q ele tivesse uma família desestruturada, q não contribuiram, também, para q ele fosse "jogado" na sociedade.
Temos q cada vez mais pensar a Educação, para q alunos ou ex alunos, q não tiveram uma estrutura familiar, não saia por aí tomando atitude inconsequente.Para q jovens consigam, mesmo sem um acompanhamento famíliar, ter uma vida saudável, uma mente saudável e o seu retorno à escola seja somente para agradecer a educação recebida q colaborou formando um cidadão melhor.
Quem sabe, através de uma estrutura educacional, não se consiga apontar e ajudar esses q têm atitudes estranhas, psicóticas.
Pensar a Educação é pensar em um Brasil melhor, em pessoas melhores.
Meus sentimentos as famílias das vítimas dessa tragédia!
Cristina Calazans

sábado, 2 de abril de 2011

Dia 02 de abril - Dia Mundial da Conscientização do Autismo




O que é?

É uma alteração "cerebral" / "comportamental" que afecta a capacidade da pessoa comunicar, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia.
Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, algumas apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes atrasos no desenvolvimento da linguagem.
Alguns parecem fechados e distantes e outros parecem presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento.
O autismo é mais conhecido como um problema que se manifesta por um alheamento da criança ou adulto acerca do seu mundo exterior encontrando-se centrado em si mesmo ou seja existem perturbações das relações afectivas com o meio.
A maioria das crianças não fala e, quando falam, é comum a ecolalia (repetição de sons ou palavras), inversão pronominal etc..
O comportamento delas é constituído por actos repetitivos e estereotipados; não suportam mudanças de ambiente e preferem um contexto inanimado.
O termo autismo se refere às características de isolamento e auto-concentração das crianças.
O autista possui uma incapacidade inata para estabelecer relações afectivas, bem como para responder aos estímulos do meio.
É universalmente reconhecida a grande dificuldade que os autistas têm em relação à expressão das emoções.
Características comuns do autista:
  • Tem dificuldade em estabelecer contacto com os olhos,
  • Parece surdo, apesar de não o ser,
  • Pode começar a desenvolver a linguagem mas repentinamente ela é completamente interrompida.
  • Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros,
  • Por vezes ataca e fere outras pessoas mesmo que não existam motivos para isso,
  • Costuma estar inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas,
  • Não explora o ambiente e as novidades e costuma restringir-se e fixar-se em poucas coisas,
  • Apresenta certos gestos repetitivos e imotivados como balançar as mãos ou balançar-se,
  • Cheira, morde ou lambe os brinquedos e ou roupas,
  • Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente
  • Etc.
Causas:
A nível médico as causas são desconhecidas apesar das investigações e estudos feitos.
Eu tenho feito muita pesquisa e aprendido muito acerca deste e de muitos outros problemas e espero que dentro de algum tempo possa revelar muita da informação que adquiri ao longo de anos.
Tratamentos correntes:
Poucos são os tratamentos actualmente existentes uma vez que os resultados são muito pequenos e morosos.
Os tratamentos passam por uma estimulação constante e por um apoio constante como forma de estimular e fazer com que a criança interaja com o ambiente, com as pessoas e com outras crianças....

Saiba mais aqui: http://dislexia.do.sapo.pt/autismo.html 

Testes: (Lisboa)
Testes de despiste de Dislexia, Hiperactividade; Testes de Desenvolvimento, etc.
Drª Madalena Costa: 91.76.38.222

Conteúdo retirado do site criado por José Carlos Santiago.