domingo, 27 de abril de 2014

Educador Ctrl c Ctrl v

Fico estarrecida quando ainda encontro profissionais educadores que cobram de seus alunos reescritura do material didático, sem reduzir ou acrescentar ideias. Principalmente, quando já são mestres, doutores, que atuam para alunos que estão buscando essa (s) mesma graduação.  
Quando se trata de graduação vem a minha mente pessoas esclarecidas, desenvolvidas de informação e pensamento, de prática reflexiva, que estão acostumadas com diversidades, discussão, reflexão e inovação. Creio até que muitos professores estão acostumados a vivenciarem tais situações, mas ainda consigo encontrar e saber de uma parte, que parece que é a minoria, espero que sim, que não aceita quando essa prática vem do aluno. Esse tipo de professor que cobra o “copia e cola” do material para reescrever na prova, cai na repetição e cópia do ato de ensinar. Não aceita o aluno que usa uma linguagem critica e reflexiva ainda que esteja coerente com o tema de estudo. E quando ainda estipula linhas para que o aluno reescreva, não com as próprias palavras, mas, com as palavras do material didático, limita ou exclui o pensamento próprio do estudante. 

Nesse sentido, não estão em sala de aula para formar agentes transformadores e sim agentes repetidores. Não estão a fim de colaborar com a aprendizagem, com a autonomia e emancipação de seus alunos. Alunos questionares, frente a esse tipo de professor, geram problemas para ambos, porque o educador “Ctrl c  Ctrl v” se acha o único detentor do conhecimento. 



Acho incoerente falar de Educação, em pleno século XXI, que tanto se discute a diversidade, a criticidade, o pensamento, o conhecimento do aluno, e encontrar ainda professores com esse tipo de cobrança. Ao me deparar com esse tipo de professor, parece que estou voltando no tempo em que saber era reter conhecimento, era decoreba, onde na maioria das vezes os alunos não entendiam o que escreviam devido a falta de liberdade de expressão. Quando penso naquela educação libertadora proposta por Paulo Freire, por sua face crítica e educativa, que permite a organização reflexiva do pensamento crítico, nesse caso, infelizmente, sou obrigada a colocar de lado. Caso contrário, zero a prova, ou quase isso.  Esse tipo de profissional não reconhece, não valoriza seu aluno. O reconhecimento e o respeito podem ser vistos quando o aluno relata, tendo coerência com o material, o seu pensamento e isso é levado em conta.
A valorização deixa de existir quando dar notas baixas passa ser orgulho e/ou prazer, esses são os sádicos da educação. Ah, se os alunos pudessem escolher!! Bom, já que não é assim que funciona, que venham os professores Ctrl c  Ctrl v, que começarei a aprender técnicas de memorização. 

O alívio vem ao saber que, o prazer em estudar é retomado ao encontrar aquele professor que é um instrumento transformador da prática educacional.  

#indignada

Cristina Calazans                                                                             

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Bullying não é brincadeira.

Pensei que a maioria das pessoas já soubesse, até porque está na mídia, na boa do povo, mas depois que conversei com uma assistente social que me disse que o bullying só pode acontecer entre grupos, e após uma palestra assistida por minha família onde uma psicóloga disse que o bullying é uma brincadeirinha... que pode acontecer entre professor e aluno e, também, no trabalho, entre patrão e empregado, vi que não.
Diante das informações equivocadas pude perceber que muitas pessoas, por mais que tenham suas graduações escolares, não sabem identificar o que é o bullying, como também não sabem tratar esse problema. O bullying acontece a partir de pares, e o que a psicóloga relatou se trata de assédio moral. Além disso, o bullying não consisti em uma brincadeirinha, trata-se de um assunto sério que tem que ser visto e tratado com atenção e respeito.  No decorrer da palestra, minha família pôde perceber que muitos que estavam no auditório não sabiam o que é o Bullying e como deve ser tratado, isto a psicóloga não explicou, pois, pra ela, o que estava acontecendo na escola, era apenas uma brincadeirinha....


Sofri agressões psicológicas dentro das escolas as quais estudei, mas a maneira como as ações aconteciam era diferente. Não tinha essa intensidade e a agressividade que tem nos dias de hoje.  Ai que está à diferença. Como sabemos, os tempos mudam e a sociedade o acompanha, as agressões são outras ou parecidas, porém com mais constância e com um grau mais elevado.
Percebemos que o número de adolescentes envolvidos em crimes aumenta cada vez mais, isto denota que o quadro está mudado, que o comportamento humano está cada vez mais agressivo, muitas vezes inexplicável aos olhos do leigo. A prática do bullying pode ser incluída nessa mudança.

Há diferença entre assédio moral e bullyng.
Assédio moral:  "Acontece entre pessoas de hierarquias diferentes. Ou seja, do professor para o aluno, do chefe para com seus subordinados. E nesta relação entre desiguais, um agride e o outro não reage justamente por causa da sua relação hierárquica inferior, ora se o alvo reage, por exemplo, ele é demitido, recebe nota baixa ou é mandado para fora da sala de aula, depende de quem for ele (aluno ou funcionário, como no exemplo).".
Já o bullying pode acontecer a partir de pares, não se trata apenas de colocar apelidos nos colegas de escola, por exemplo, mas de uma situação constante que gera intimidação, exclusão. “Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.” gerando consequências.
Por exemplo, falando de um ambiente escolar, uma pessoa começa caracterizar a outra através de apelidos ou fofocas, difama, ofende, isso se torna constante, espalha-se pelo grupo de colegas, geralmente é o infrator que espalha, pois seu principal objetivo é fazer a vítima sofrer, o agredido não consegue lidar com a situação, retrai-se, é excluído pelo grupo, abala seu emocional, não quer mais ir à escola, esse conjunto de situações é o bullying. 

O bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio. Para que a situação não chegue a esse ponto, os pais devem observar o comportamento de seus filhos a fim de tomar conhecimento e denunciar. Na maioria das vezes, a vítima não consegue por si só fazer a denuncia. Por outro lado, muitas escolas não dão acesso aos pais para falarem sobre o que seus filhos sofrem no ambiente escolar, por isso torna-se difícil tratar do bullying junto à escola. Esta deveria ouvir com o objetivo de tomar as medidas restaurativas. Essas medidas envolvem o agressor, a vítima, os familiares que se reúnem na escola, expõem os fatos relatando os motivos e as consequências do ato. A partir daí tentam achar uma solução para o problema, firmando acordos, pedindo desculpas. Mas se a justiça restaurativa não adiantar, não for possível ou suficiente para resolver o conflito, deve-se tornar caso de polícia, ou seja, se a escola não ouvir, ou tratar com descaso o problema, vá ao conselho tutelar, ligue 100 ou nos telefones: (61) 2025-3116 / 9825 / 3908 – Ouvidoria dos Direitos Humanos – e vá também à polícia. O que não se pode fazer é esperar para ver onde chegará atitude(s) constantemente agressiva. É preciso fazer avaliações diagnósticas e tomar decisões a fim de impedir a agressão física.   

Cristina Calazans



terça-feira, 21 de maio de 2013

Cibercultur@





A cibercultura transforma a relação da pessoa com a tecnologia. Através de debates e de trocas de informações, nos traz crescimento humano e intelectual. Por exemplo, fico boba de ver pessoas de idade que não sabiam ligar o PC e/ou digitar, e tiveram que entrar nesse universo, sentiram-se atraídas a se inserir nesse ciberespaço, tiveram que aprender a interagir na Internet para se comunicar com familiares, com amigos etc. O interessante é que a gente usa e sabe de tudo isso, mas muitas vezes não percebemos a importância que a cibercultura tem em nossas vidas. Ouço dizer: hoje os tempos são outros. Realmente, vivemos um novo tempo que nos exige novas atitudes como um jeito rápido de pensar, de fazer, de mudar para acompanhar o mundo. A cibercultura nos direciona para tudo isso, mas a Educação ainda está distante desse caminho.

Muitos não tinham a possibilidade de conhecer, se aproximar de outras culturas, mas através da  cibercultura podemos nos aprofundar, adquirir em nossa cultura novos conhecimentos, podemos enriquecer, ampliar o nosso conhecimento. Além disso, devido a essa sociedade cibernética, foi criado um novo modelo de Educação, ou seja, a Educação online, a EAD, que estão inseridas nesse processo. Elas ajudam a “correr atrás do tempo", elas fazem o nosso tempo se tornar mais dinâmico através de cursos on-line, videoconferência, aulas presenciais com atividades virtuais, etc, flexibilizam o tempo e o espaço.

Assim como a cibercultura proporciona flexibilizar o tempo e o espaço, o professor precisa se preparar para entrar nessa também, seguir nessa direção, se conscientizar que a cibercultura veio dar vida e dinamizar o processo de ensino/aprendizagem, precisa se sentir à vontade no ambiente digital, utilizar adequadamente os recursos tecnológicos, criar ambientes de aprendizagem envolvendo as novas tecnologias. Mas tudo isto exige uma atualização constante, exige uma nova visão de educar e aprender. Mas aí que "mora" o problema, "uma nova visão". Quem é que quer se desfazer daquilo que já está habituado a fazer? Quem é que gosta de se deparar com o novo, com o diferente? O novo/diferente dá trabalho, pois tem que ser entendido, analisado para praticar corretamente. Vivemos em uma sociedade exclusivista, pretensiosa. Sendo assim, quem acha que precisa aprender, se atualizar para ensinar? Pois é, percebo por aí que a maioria acha que não precisa, e tudo acontece de cima para baixo, ou seja, do gestor em diante. As escolas "fecham as portas" para o diferente, literalmente. Mudanças de hábitos? Nem pensar!! No entanto, para uma aprendizagem e prática se tornarem significativas, é necessário que o professor esteja inserido em todo esse processo, buscando educar para cidadania na e com a cibercultura. Vejam que incoerência: temos nas salas de aulas a geração y, e estamos caminhando para receber a geração z, mas a didática de muitos professores está mais para a geração "p", pré-histórica.


Abçs
Cristina Calazans

sábado, 13 de outubro de 2012

Feliz Dia Do Professor!!





A todos os educadores... Feliz Dia Do Professor!!

P.S: Ligue o som, a música é muito fofa!! ;-)



Cristina Calazans

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Para consumo pessoal ou não, diga não à legalização!!



É um desserviço ao país legalizar o uso da maconha ou de qualquer outra droga ilícita. 
Não se pode comparar o Brasil com outros países que já legalizaram. Cada país tem as suas características, sua singularidade. O Brasil não tem fiscalização eficiente e por isso não seria possível ter o controle da situação. Acredito que a legalização viabilizaria prejuízos na saúde, na família, na sociedade.
                    
Se aprovado, o projeto (Lei de Entorpecentes) vai alterar a Lei 11.343/2006, que instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad). Pois, de acordo com o texto, "deixa de ser crime o porte, o plantio para uso próprio e o consumo de quantidades limitidas de entorpecentes. Além disso, prevê a implantação de um sistema de apoio e atenção ao dependente químico." No entanto, a previsão de assistência ao usuário e ao dependente de drogas, decorrente da ideia de dignidade humana e/ou direito à saúde, não vem sendo concebida regularmente, por isso, após a alteração, não acredito que será cumprido na íntegra. 


Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 

Logo, no art. 28, pode-se entender que descriminalizou a conduta de posse de droga para consumo pessoal, pois não permite a pena de prisão. 


O texto abaixo é muito interessante. É só clicar para visualizar melhor.





quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O Currículo tem a "cara" do Gestor




O currículo deveria ser, para muitos educadores, globalizado, eficaz, flexível. Porém, para grande parte dos profissionais da educação, se torna utopia um currículo assim. Preparar um currículo que abranja os atores escolares (Profissionais da educação, alunos e comunidade), dinâmico, eficiente, um currículo que atraia a comunidade escolar para que juntos trabalhem para a formação humana, que seja visto como um instrumento de melhoria no ensino é um desafio muito grande, mas não penso que seja impossível.

Acredito na frase que tem por aí: “A empresa é a cara do dono”. Também concordo com Moran quando ele diz: "O que é essencial para ter uma escola diferenciada? Uma boa escola começa com um bom gestor. Muitos excelentes professores são maus gestores, administradores. O bom gestor é fundamental para dinamizar a escola, para buscar caminhos, para motivar todos os envolvidos no processo.” (MORAN, J.M)
Por isso, a meu ver, é a partir do gestor que tudo começa. Quando o gestor é participativo, flexível, eficiente, dificilmente o currículo deixará de ter essas características.  

O gestor é quem “chama” os profissionais da “sua” instituição a fim de que conheçam seus alunos e sua comunidade. O gestor, juntamente com sua equipe escolar, atrai os outros atores escolares.  Assim se começa a pensar em um currículo que tenha base para os que irão ensinar e para os que irão aprender. Que possua elementos que abranja o convívio social dentro e fora da escola. Um currículo formulado em vista das dificuldades e das necessidades dos destinados. Que respeite as várias culturas, costume, crenças, tendo em vista que a escola é um lugar de formação e transformação social.

Para a escola de hoje possuir um currículo que seja indicador do processo ensino-aprendizagem, é necessário que a equipe gestora se preocupe com o que ensinar e como ensinar, cabe um trabalho efetivo do gestor junto à coordenação pedagógica da escola junto aos professores. O currículo escolar e a prática pedagógica da escola devem constituir o centro das preocupações da equipe gestora.

Com muito mais facilidade encontra-se "gestor ou diretor onipotente, detentor exclusivo da autoridade pedagógica e administrativa na escola", que centraliza o comando. Dificilmente encontra-se um gestor participativo, descentralizador. Raramente encontra-se um gestor que tenha disposição para construir um currículo fora dos muros da escola. Para isso seria necessário que o gestor e sua equipe se envolvessem no contexto social e real dos envolvidos.

Se for preciso construir um currículo articulado, flexível, participativo, descentralizador, eficiente é necessário ter um gestor com essa mesma “cara”. 

Abçs

Cristina Calazans

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Informática na Educação


Estava lendo... e por isso penso que:
Ainda é muito pequena a quantidade de professores que adotam o uso da Informática para a aquisição do conhecimento dos seus alunos. Isso acontece devido a falta de interesse e/ou conscientização de que o uso da Informática dinamiza a aula e dá siginifcado a aprendizagem, ou por falta de estrutura no traballho.
O uso do computador traz inovações, complementa o processo de ensino-aprendizagem.
O profissional de educação precisa aplicar a Informática como instrumento pedagógico e passar a ver o computador como um instrumento de inclusão digital.
Tendo em vista a facilidade e a rapidez  na busca do conhecimento e  levando em conta que "os computadores estão presentes na mais variadas esferas da atividade social", é necessário inserir essa ferramenta  na Educação. No entanto, "não basta saber manusear o computador, é necessário usá-los com criatividade e com um olhar crítico", é importante associar a tecnologia com a metodologia.
Segundo Morin, "o novo brota sem parar", por isto o educador deve buscar se atualizar e/ou inovar. O computador é uma ferramenta que deve estar incluído nessa busca.
Por outro lado, sabemos que muitas escolas ainda não possuem laboratórios de Informática, quando possuem os mantêm fechados por falta de capacitação dos profissionais ou por falta de manutenção. Dentro dessa perspectiva, a falta de acesso à tecnologia da informação e comunicação causam desestímulo ao professor. É importante assegurar aos educadores o direito de usar o computador como recurso didático. Não adianta projetos de governo como Cidadão Conectado, Inclusão digital...se não houver capacitação profissional e ambiente adequado para o uso das máquinas.
Usar o computador como ferramenta pedagógica é diversificar a prática docente, é dinamizar o ambiente de trabalho, é conduzir o aluno ao exercício pleno da cidadania.



Abçs

Cristina Calazans  

Imagem: https://www.google.com.br