Fico estarrecida quando ainda encontro
profissionais educadores que cobram de seus alunos reescritura do material didático, sem reduzir ou
acrescentar ideias. Principalmente, quando já são mestres, doutores, que atuam
para alunos que estão buscando essa (s) mesma graduação.
Quando se trata
de graduação vem a minha mente pessoas esclarecidas, desenvolvidas de
informação e pensamento, de prática reflexiva, que estão acostumadas com
diversidades, discussão, reflexão e inovação. Creio até que muitos professores estão
acostumados a vivenciarem tais situações, mas ainda consigo encontrar e saber
de uma parte, que parece que é a minoria, espero que sim, que não aceita quando
essa prática vem do aluno. Esse tipo de professor que cobra o “copia e cola” do
material para reescrever na prova, cai na repetição e cópia do ato de ensinar.
Não aceita o aluno que usa uma linguagem critica e reflexiva ainda que esteja
coerente com o tema de estudo. E quando ainda estipula linhas para que o aluno
reescreva, não com as próprias palavras, mas, com as palavras do material
didático, limita ou exclui o pensamento próprio do estudante.
Nesse sentido, não estão em sala de aula para formar agentes transformadores e sim agentes repetidores. Não estão a fim de colaborar com a aprendizagem, com a autonomia e emancipação de seus alunos. Alunos questionares, frente a esse tipo de professor, geram problemas para ambos, porque o educador “Ctrl c Ctrl v” se acha o único detentor do conhecimento.
Acho incoerente
falar de Educação, em pleno século XXI, que tanto se discute a diversidade, a
criticidade, o pensamento, o conhecimento do aluno, e encontrar ainda
professores com esse tipo de cobrança. Ao me deparar com esse tipo de
professor, parece que estou voltando no tempo em que saber era reter
conhecimento, era decoreba, onde na maioria das vezes os alunos não entendiam o
que escreviam devido a falta de liberdade de expressão. Quando penso naquela educação
libertadora proposta por Paulo Freire, por sua face crítica e educativa, que
permite a organização reflexiva do pensamento crítico, nesse
caso, infelizmente, sou obrigada a colocar de lado. Caso contrário, zero a
prova, ou quase isso. Esse tipo de profissional não reconhece, não
valoriza seu aluno. O reconhecimento e o respeito podem ser vistos quando o
aluno relata, tendo coerência com o material, o seu pensamento e isso é levado
em conta.
A valorização deixa de existir quando dar notas baixas passa ser orgulho e/ou prazer, esses são os sádicos da educação. Ah, se os alunos pudessem escolher!! Bom, já que não é assim que funciona, que venham os professores Ctrl c Ctrl v, que começarei a aprender técnicas de memorização.
O alívio vem ao saber que, o prazer em estudar é retomado ao encontrar aquele professor que é um instrumento transformador da prática educacional.
A valorização deixa de existir quando dar notas baixas passa ser orgulho e/ou prazer, esses são os sádicos da educação. Ah, se os alunos pudessem escolher!! Bom, já que não é assim que funciona, que venham os professores Ctrl c Ctrl v, que começarei a aprender técnicas de memorização.
O alívio vem ao saber que, o prazer em estudar é retomado ao encontrar aquele professor que é um instrumento transformador da prática educacional.
#indignada
Cristina Calazans