O aluno se preparou para uma prova de Matemática, por exemplo, quando se deparou com a prova: "Ué, mas não foi exercitado nada desse jeito em sala de aula, o professor não ensinou assim!!" A partir daí a insegurança fica maior, o nervosismo aumenta, logo, o aluno não consegue realizar uma boa prova e o processo ensino/aprendizagem não se tornou eficaz.
Não consigo entender a proposta de avaliação de certos professores quando são cobradas, em provas, questões problematizadas sem ter sido trabalhadas em sala de aula. Por que cobrar o que não foi exercitado? Por que não se aprofundar nas questões antes?
Nas provas, mesmo com o conteúdo dado, se for cobrado questões que não foram problematizas, podemos chamar essa avaliação de a "hora da tortura"?
Pensando na problematização, na reflexão e no questionamento, teremos uma avaliação produtiva ao processo ensino-aprendizagem. Então, como construir um conhecimento produtivo sem que haja problematização e questionamentos? A partir destes, surgem os erros que podem ser reveladores para a aprendizagem.
Gostaria de saber quais são os fundamentos epistemológicos que sustentam essa concepção de avaliação? Antes de uma prova, geralmente, não é feita uma abordagem de investigação eficaz, já que não é visto em sala de aula exercícios problematizadores para que os estudantes possam tomar consciência dos procedimentos que irão utilizar para resolver as situações problemas dadas na prova, não se prepara o aluno para o momento da avaliação.
O processo avaliativo envolve uma compreensão mais ampla do que só conteúdo dado, para isso é necessário problematizar, desenvolver e debater. A meu ver, problematizar somente na prova é uma pegadinha de mau gosto.
Cristina Calazans
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